terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Arrastando Correntes

No fim do ano passado eu fiz um vestibulinho e passei num curso de Modelagem.

Feliz da vida, no inicio do ano, saia todo fim de tarde, carregada com uma parafernália de réguas, apostilas, tesouras,..... Encontrava com as companheiras de classe, jovens em busca de conhecimento também. Feliz, participava dos grupos de trabalhos e tirava ótimas notas.

Estava revendo conhecimentos e aprendendo coisas novas também.

 Mas um dia me acordaram dando a noticia da sua partida filhote e por vontade própria.

 Confesso...fui tomada por um desespero imenso.

Sempre soube que a vida não termina quando se deixa o corpo físico...que somos eternos...que do outro lado do véu, tem uma outra realidade borbulhando de atividade. Mas dentro desse burburinho onde estava você meu filhote??

 Essa era a minha indagação desesperada.

 Mergulhei num limbo...

 Procurava você dormindo e acordada.

 Pedi socorro.

 Consultei uma psiquiatra que me deu um remédio tarja preta.

Tomei um comprimido e relaxei o corpo físico deixando a minha mente ainda mais lúcida e desesperada. Um comprimido só bastou para desistir...sabia que não era esse o caminho.

 Terapia então? ...... a terapeuta não sabia o que fazer com minhas lagrimas... ninguém sabe o que fazer com uma mãe nessa situação.

 Ate que cheguei ao Fabio... que me tranquilizou
um pouco dizendo que meu filhote estava bem e dormindo...

 Nem preciso dizer que o curso que tanto amava..foi abandonado.

Não conseguia sair de casa...as lagrimas que eu nao controlava me impediam de ver o caminho da escola.

 Eu implorava a Deus, meus Mestres e amigos dos outros planos pra que me ajudassem a deixar de “arrastar correntes”.

 Não queria passar o restante dessa vida terrena sendo a mãe que todos os dias lamenta a perda de um filho.

 A mulher que todos olham e dizem: Coitada..perdeu o filho...coitada como sofre...coitada que dor incalculável.

 Ninguém merece esse tipo de vida, uma vida truncada e cheia de dor. Se arrastar, acordando e dormindo com lagrimas nos olhos, impedindo as pessoas que ainda permanecem nessa dimensão sofrerem junto e não poderem também se recuperar...viver novamente em plenitude.

 Ate que um dia, levada pelas mãos amorosas de amigas virtuais...cheguei ao Fabio Figueiredo e pude ler o que meu filhote escreveu, abraçar novamente esse filhote tão amado...e respirar pela primeira vez em quase cinco meses com a alma lavada de emoção e gratidão pela bondade do Pai em me proporcionar essa dádiva.

 Arrastar correntes nunca mais, renasci das cinzas como uma fênix e enquanto habitar esse plano dimensional, vou estar inteira, plena..e estendendo as minhas mãos para outras companheiras que como eu passaram por essa experiência de ver filhotes partindo antes de nós.

 Retomei minha vida... minhas filhas e meus netos... meus artesanatos, minhas plantas...minha casa e ontem retomei meu curso.

 Bruba meu filhote, olha para tua mãe agora…e veja como estou…..inteira….cabeça erguida…coração cheio de esperança e amor….. voltando a vida...caminhando por esse chão com sandálias velhas...mas levantando poeira...ate o momento de calcar as sandálias do NOSSO chão..da nossa casa....te amo e agradeço a forca que me deu no dia 06/08/2012, por intermédio do médium Fabio Figueiredo...eternamente grata.

 Beth (She)

sábado, 17 de abril de 2010

Burundi



Excepcionalmente nos reunimos no dia 23 de dezembro, com a missão de ajudar na abertura do Portal de Burundi.Passei o dia agitada, não pela abertura em si, mas por uma aflição, vinda de não sei onde, que queria avisar que alguma coisa de muito importante aconteceria e não diretamente relacionada ao portal.

E aconteceu mesmo, mas essa é uma outra historia e que só poderá ser contada em outra oportunidade.Como sempre...eu não questiono...fico só aguardando, já que é essa a ordem que recebi.

Esperava o horário marcado. Ele chegou e me mandaram iniciar...o chamado foi claro e preciso... COMECE.

Já do alto víamos os seres reunidos dentro da bolha que permanecia intacta.

A alegria tomava conta de todos nós. Eles se colocaram em pé. Aguardando os acontecimentos.

Pedimos para a equipe derrubar os cálices de energia acumulados por nós e doados por grupos de amigos que se juntaram a nossa empreitada.

A energia derrubada formou um caminho de luz etérea até a entrada do portal. Um caminho que mais parecia um espelho d’água e que refletia o portal que ainda permanecia escuro.

Me postei em frente do grande grupo e junto da entrada do portal, que ainda estava escuro, só uma mancha no espaço. Fiquei de braços abertos, túnicas brancas peroladas, com nuances de lilás e o coração aos pulos.

E o grande espetáculo começou. Como se estivesse nascendo um sol branco pelo lado de uma montanha...a Luz surgia...ficava cada vez mais forte e maior....nascendo pelo oeste.

Quando percebemos que estava no seu apogeu, me dirigi para as laterais do portal onde se achava aquela Chama de Luz Branca.

E daquele funil de Luz, os retirantes iniciaram a movimentação em direção a tão merecida liberdade.

Caminhavam calmamente...em filas...entravam e desapareciam transformados na mais pura Luz.

Ficamos olhando esse espetáculo de amor e de abnegação proporcionado pelos nossos irmãos maiores...e nossas consciências superiores.

E finalmente...toda a equipe num grande abraço fraterno se uniu em alegria, desprendimento, felicidade e complementação pela missão cumprida.

Formamos um circulo de Luz com nossos corpos expandidos e dançamos com alegria.

Voltamos para casa...isso é para nossos corpos materiais em silenciosa prece de agradecimento por termos tido a permissão para participar e atuar num acontecimento dessa grandeza.

Olhando a cada momento o portal de Burundi, vejo ainda as enormes filas de seres que se dirigem para o portal. Felizes, harmoniosos e em silenciosa prece também.

A vocês nossos irmãos na Luz...os nossos agradecimentos pela missão cumprida com tanto brilhantismo e que possam servir de exemplo para outros milhares iguais a vocês e que devem partir brevemente.

Que a Luz do Portal de Burundi se espalhe sobre nós e possa ajudar a iluminar a missão de cada um e ainda acordar cada companheiro que ainda permanece no sono do desconhecimento.

Paz Profunda

Beth

Burundi - Preparando a Abertura do Portal


Na reunião anterior à da abertura do Portal de Burundi, tivemos uma enorme surpresa que nos movimentou muito.

Fizemos nossa expansão consciencial, reunimos os integrantes do grupo e com nossa nave, descemos no local onde se aglomeravam milhares de seres que se preparavam para a partida.

Fomos até eles conversando, abraçando, enfim, nos despedindo desses irmãos que terminaram a missão aqui na Terra com um brilhantismo ímpar.

Muitos deles são nossos velhos conhecidos, companheiros de inúmeras vidas e de imensas batalhas em prol da Luz.

Muitos ainda cansados de tantas idas e vindas pela roda das encarnações e pelas batalhas travadas com os trevosos.

Encontramos seres que iniciaram sua caminhada pela África, por Okinawa e ainda alguns que foram plantados um pouco depois, mas que já tem sua missão terminada também.

Eles são amáveis, carinhosos e se despedem com votos de sucesso para o término de nossa missão pessoal e planetária.

Estão muito frágeis a qualquer mudança vibratória e energética pois deixaram seus corpos físicos em catástrofes e estão cansados das batalhas travadas. Muitos ainda estão sonolentos e precisam ser amparados, necessitando do cuidado dos acordados.

Necessitam mais do que tudo, nesse momento, de carinho, atenção e proteção.

Estão muito vulneráveis ainda.

Nossa equipe fazia esse trabalho quando de repente, começamos a sentir uma energia estranha, várias nuvens cinzentas e até negras se dirigiam para o espaço em que estávamos, rapidamente e de forma assustadora.

O alerta foi dado imediatamente.

Pedimos aos integrantes do grupo que fizessem uma bolha de energia bem grande e que cobrisse todos os seres.

Para isso usamos muitos cálices de energia que recebemos de pessoas que se engajaram na nossa luta e dos que armazenamos durante a semana.

Enquanto eles rapidamente cobriam os seres, tivemos que literalmente lutar com esses seres trevosos.

Podem achar impossível.

Podem achar que somos loucos. Mas foi uma réplica piorada de uma guerra nas estrelas.

Lutamos muito para impedir a entrada deles na bolha. Ficamos na entrada dessa bolha de energia, devolvendo cada carga que nos mandavam, que vibrava no ar como cordas de um violão desafinado.

O ataque foi violento nos deixando exaustos.

Mas ,felizmente e para regozijo nosso, a Luz venceu mais uma vez.

Quando perceberam que nós não nos deixaríamos abater e nem abandonaríamos os companheiros, se retiraram como um bando de arruaceiros.

A calma voltando, deixamos os seres protegidos dentro da bolha e voltamos para nossos corpos físicos com a certeza de mais uma missão cumprida.

Paz Profunda

Beth

Encontro com um Ser de Luz.



Mudei para a cidade de Santos, logo apos a minha chegada ao Brasil, vindo do Japão.

Morava num apartamento que dava para uma avenida de intenso movimento, dia e noite. Nessa avenida tinha um número grande de bancos e casas comerciais.

Debaixo das marquises desses estabelecimentos viviam muitos moradores de rua, já velhos conhecidos dos moradores. Eles eram ajudados com alimentos, roupas e colchões.

Entre eles tinha um rapazinho de idade indefinida, corpo jovem mas rosto amassado pela vida.

Ele se drogava o tempo todo e à vista das pessoas. Cheirava cola, tentava esconder com a gola da camiseta, mas ao passar perto ouviamos o barulho do plástico enquanto ele aspirava.

Sua cor era de um cinza esverdeado. Diziam que tinha um irmão gêmeo que andava junto com ele na mesma batida: drogas, drogas, o tempo todo.

E esse irmão sumiu, nunca o vi.

Um dia, passando por ele seu olhar encontrou o meu.

Fizemos contato e seu pedido de socorro ecoou dentro de mim. Seus olhos me acompanharam durante todo o meu dia.

Só quando eu relatava o ocorrido para a familia é que consegui “sair” e ver o que realmente estava ocorrendo.

Eles são seres de Órion. Vieram para um resgate, em busca de um ser amigo que se perdeu aqui. Ainda não o tinham encontrado e se perderam também. Sua enorme sensibilidade, em contato com a nossa densidade, os sufocou.

Somente as drogas é que os aliviavam da enorme dificuldade de vivenciar essa realidade tão brutal e hostil para eles.

Viver em permanente estado alterado de consciência (infelizmente com o uso de drogas e não por meditação ou algo assim) é que ameniza a dor da separação e a perda da porta de saída.

Nosso contato apenas começou.

Tenho certeza de que ainda vem muita coisa pela frente. Vamos dar muitos passeios juntos ainda para buscar o seu equilíbrio e a porta de sua casa.

Como ele existem milhares.

E nós que não temos o entendimento, ainda os chamamos de drogados e os consideramos párias da nossa sociedade. É claro que para cada regra existe uma exceção. Nem todo drogado é um ser de Órion e nem todo ser de Órion se droga chegando aqui.

Mas quis contar isso para vocês pois foi uma descoberta diferente e um tanto estranha que tive nessas andanças por essa vida.

É importante que deixemos de lado o preconceito. Nem todo ser que nos parece decaído o é.

Nem sempre são das trevas e, portanto, assustadores. Nem os das trevas o são.

Mas temos que olhar cada irmão do caminho com carinho, afeto e compreensão. Vocês verão que maravilhoso mundo de conhecimento, amor e doação vai se descortinar em meio a essas “trevas” aparentes.

Paz profunda.

Beth

Resgate... com Daniel



Mais uma vez nossa equipe se acomoda na nave.

Num vôo panorâmico avistamos a Terra ao longe, não tão linda como gostaríamos.

Vejo alguns pontos enormes e negros que parecem feridas vivas, latejantes e cada pulsar é um grito de dor.

Com a energia acumulada durante a semana cauterizamos essas feridas e depois a preenchemos de energia prata, rosa, branca e verde numa tentativa desesperada de curar ou pelo menos amenizar a dor.

Faço um vôo rasante e a pedido de Daniel, deixo toda a equipe na nave para manter a vibração enquanto descemos para as furnas existentes na região da Caxemira.

Descemos por algum tempo que me pareceu séculos.

Descemos por uma região gelatinosa e pegajosa, de odor fortíssimo.

Sou tomada de forte náusea.

A geléia é composta por formas pensamento putrefatas. A sensação é horrível. Eu simplesmente escorregava por ela indo cada vez mais para o fundo.

Chegamos no pico de uma montanha. Daniel parou ali e me mandou descer. Ele ficaria me dando apoio e iluminando o meu caminho.

Eu teria que apagar toda e qualquer luz que por ventura tivesse para não assustar e nem ofender quem estava há muitos séculos no escuro total de sentimentos.

A descida é feita pela beirada de abismos imensos e pedras cheias de musgos gosmentos.

É necessário manter a calma, a confiança e a fé senão perdemos o equilíbrio, literalmente, e a possibilidade de voltar fica comprometida.

Desço cautelosamente segurando-me em pedaços de árvores retorcidas e fétidas. Tudo lá cheira a morte, podridão e negatividade. São pensamentos e sentimentos ali acumulados durante centenas de anos por milhões de pessoas que ainda habitam essas regiões e que não aprenderam a amar e perdoar.

Do alto visualizo um caudaloso rio de sangue borbulhante. A náusea aumenta. Mas eu tenho que continuar a descer.

Já na margem inicio a operação resgate dessa noite. Das minhas mãos saem pequenos fachos de energia e vou adormecendo essas criaturas que volitam em torno de mim e depois iniciam a subida solitária.

Já dentro do rio a operação é mais complexa. As pessoas estão presas no lodo de sangue coagulado e meio enlouquecidas. A sensação desse sangue no meu corpo astral é terrível.

Muitos gritam pedindo socorro, outros dizem terem se arrependido. Mas muito poucos diante do número lá existente, podem ser resgatados nesse momento. Na sua grande maioria eles não estão prontos para esse tipo de resgate; estão só esperando a hora de serem levados diretamente para outros planetas adequados à sua vibração.

Olho pela primeira vez para o alto.

Vejo milhares de seres volitando e entrando na nave de resgate. Vejo ainda o sorriso de Daniel.

Meus olhos se enchem de lágrimas de agradecimento a Ashtar pela oportunidade do trabalho.

Volto lentamente e assumo o meu lugar no controle da nave e voltamos para casa mais uma vez para nos prepararmos para novo resgate em outro lugar e em outras circunstâncias.

Paz Profunda.

Beth

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Guerreira


Sento na areia e olho o mar, no seu vai e vem incessante como uma música que só tem dois acordes.

Volto ao passado e lembro quantas vezes já estive assim. Olhando o mar e achando que tudo tinha dado errado, terminado...e que eu tinha falhado.

Hoje olhando para trás mais uma vez vejo, uma infinidade de vidas numa seqüência de idas e vindas, de mudanças de corpos, de paises, de historia, de sexo.

Olho pasma para todas essas lutas e vejo que em cada um delas eu venci. Venci sim. Venci o medo, os inimigos da Luz e a mim mesma, nas limitações que me aprisionaram nas energias desse planeta.

Vejo quantos dos tenebrosos tentaram me iludir, desviar do caminho e tentar fazer com que eu esquecesse a missão que é toda a razão de minha estada por aqui.

Observo-me na chegada ao planeta.Cheia de medo e preocupação, tentando concertar velhos erros.Vejo minha atuação na Atlântida. O trabalho incessante em evitar a sua queda. Evitar que o orgulho e o Ego aniquilassem esse povo. A fuga e a procura de um novo lugar.

Sinto um novo corpo no Oriente. Numa ilha colorida e alegre, sinto o rapto rápido. A traição. Novamente as trevas me encobrem e eu não consigo lutar, só fenecer olhando o mar.Vou como o vento.....penetrando cada época, todos os tempos... experimentando novos corpos e novas aventuras... as mesmas velhas escolhas, as vezes certas e as vezes erradas.

Vôo pela África, numa tribo matriarcal; entre os fenícios e suas conquistas; me arrasto ate a Idade Média, sou chamada de bruxa, por amenizar as dores com ervas e levada a fogueira, onde queimo e das chamas ainda consigo emanar a Luz que me é inerente.

Pouso no Egito antigo. Danço no Templo junto as iniciadas.... vejo o Nilo no seu eterno correr.

Revejo-me num corpo envelhecido, carcomido pelo tempo e pelas dores. Ouço falar do Messias. Vejo uma filha e uma neta serem levadas aos leões. Sinto a dor nas minhas carnes encarquilhadas.

Mais uma vez recebo um corpo jovem e saudável e com ele luto novamente batalhas velhas. Verdade...essas andanças já me levaram do Oriente ao Ocidente...sempre lutando contra as trevas que teimam em nos engolir com sua boca imensa e arreganhada.

Sim. Apesar de todos os tropeços, dores, quedas, vacilos e perdas eu não deixei de ser nunca um Ser de Luz a procura de Paz e Harmonia.

Mas sempre solitária.

Essa solidão que às vezes chega a adormecer meus sentidos. Muitas vezes o único contato é com meus Mestres através do véu que faz com que sendo a dor muito grande, eu me perca.

E sem contato continue a caminhar, mesmo que os pés estejam sangrando pelas pedras pontiagudas do meu caminho.Nesse momento o mar me trás a saudade de uma casa que nem sei onde fica. Trás-me a certeza de que continuo no caminho, cumprindo o que prometi. Nem sei ao certo o tanto que prometi.

Meus olhos se enchem de lagrimas e entre elas vejo...meus Mestres ...me aguardando...numa espera quase infinita...e eu enxugando as lágrimas, esgarçando um sorriso, consigo dizer....”

Me esperem, estou quase chegando”.

Paz Profunda

Beth

Toque dos Tambores



Em uma das últimas reuniões que fizemos tivemos uma verdadeira aula de história. Mas não história de nosso planeta, mas história da memória de nossas essências.

A memória que teríamos que guardar para não esquecer nossa primeira casa, sem deixar de nos adaptar a essa nova casa que é o Planeta Terra.

Na companhia de Ashtar subimos e sobrevoamos a ilha de Okinawa. Linda, lá do alto. Mas descendo um pouco percebemos que estávamos vendo a ilha no início da civilização.

Os seres ainda em adaptação ao novo planeta.

Foi chamada a nossa atenção para os tambores tocados pelo povo e para a dança hipnótica que acompanhava as batidas.

Eles dançavam em êxtase, pelas matas, com flores nas mãos e alegria imensa no olhar. O som nos elevava, fazia com que nos sentíssemos voando pelo Cosmo, indo para distâncias nunca percorridas por nós. O tempo passava rapidamente por nossos olhos curiosos até que percebemos que os tambores estavam se tornando dissonantes.

Não tinham mais a harmonia que sentimos inicialmente. E que eles nos prendiam mais à Terra, como se o som saísse do interior da terra e percorresse os nossos corpos entrando pelos pés.

Atônitos, vimos a separação das pessoas. Grupos se formavam e se dissolviam. Até que somente dois grupos permaneceram.

Mas antagônicos. Belicosos.

Ashtar nos explicou que o som dos tambores tentava imitar a pulsação do planeta de onde vieram. Que permaneciam tocando para não esquecer do som e do pulsar do planeta-mãe. E que a dissonância se deu pela mistura do som do planeta de origem com o pulsar do planeta Terra.

Okinawa foi dividida em dois grupos “religiosos” que se tornaram inimigos, impedindo os membros de um dos grupos se relacionarem, se unirem e procriarem com os membros do outro grupo. Até hoje existem, no astral, duas egrégoras desses grupos. Elas tomam conta e orientam cada grupo, numa cobrança férrea. Não admitem a mistura entre eles, ainda.

Confesso a vocês que sentir esse pulsar dos tambores e ver com o passar do tempo a dissolução e a mistura dos dois pulsares, foi uma das lições mais lindas que já tive. Pude entender como foram se formando as crenças e as religiões.

Quando pensamos que já havíamos visto tudo e entendido tudo, eis que Ashtar nos pede para sobrevoarmos a África. Novamente os tambores. Tão fortes como os de Okinawa. Num ritmo tão frenético como os deles. Mas sentimos que o som nos elevava mais. Que nossos sentidos iam mais longe. Até que a dissonância também se iniciou. Mas agora muito maior. Dividida em muitas partes, muitos sons e muitos rituais, para tentarem se elevar.

Mais uma vez veio a explicação. O pulsar do planeta é diferente dependendo da região onde a gente se encontra. Como o pulsar de nosso corpo: se medirmos no coração bate num tom, se medirmos a nossa pulsação na perna sentimos de outra forma. Assim é com o nosso planeta Terra. Pulsa constantemente mas em cada região do seu imenso corpo soa diferente.

Desculpem leitores, mas não consigo transmitir em palavras o que realmente sentimos naqueles momentos. Perceber a pulsação de um outro planeta distante e ao mesmo tempo sentir a pulsação do nosso planeta Terra e perceber vagarosamente os dois pulsares se misturando e se mesclando pelos milhares de anos, realmente é indescritível. Só a nossa pele, só nossa sensibilidade é que pode contar com detalhes mais ricos.

A nós do grupo só restou agradecer a Ashtar a imensa e incomparável oportunidade que nos deu de um aprendizado ímpar. Aprendizado que, depois vimos, seria de imensa valia para o trabalho que estamos tendo que fazer e pelo qual vamos pedir a colaboração de todos vocês.

Paz Profunda

Beth